quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O fuso horário da cozinha dos hospitais

Hi people! Seguindo a linha de minhas aventuras na imensidão do universo transplantídico venho desta vez falar do universo paralelo da cozinha dos hospitais.

Claro que a maioria de vocês já teve que desfrutar da hospitalidade destas instituições "paradísiacas" pelo menos pra um descanso forçado de uns 2 ou 3 dias. O atendimento exemplar (vocês devem fazer idéia do poder de uma campainha), as "massagens" e principalmente as sessões de "acupuntura" (é tanta agulhada que chega uma hora que você não sente mais nada; puro relaxamento ... rsrsrs). Mas o que mais eu "gostava" eram os horários das refeições.

Claro que pra manter a boa média das 6 refeições por dia os horários das mesmas devem ser bem distribuídos então a coisa começava cedo mesmo.

Sete horas as mocinhas já estavam batendo na porta servindo o café. Não importa se você ainda estava dormindo ou se não estava com fome. O café estava ali e pronto. Acho que esqueci de ler essa parte no "contrato de hospedagem". Mas tuuuuuuuuudo bem. Em condições normais se toma café mais ou menos nesse horário mesmo. 

Depois das oito horas o café já tinha sido recolhido (comeu comeu, não comeu se ... ) e lá pelas dez e meia vinha o chazinho. Olha que meigo. Aquele chazinho tipo só um copinho de chá mesmo pra ajudar a chegar até a hora do almoço. Afinal, com aquele breakfast todo o almoço devia sair lá perto das 13 horas certo?

Nem dava meio dia já estavam servindo o jabá. Em outras situações pra mim o café ainda estaria descendo. Mas dá-lhe comer a bóia pra não ficar com fome depois. A mocinha do jornal estadual mal dizia boa tarde e tudo já tinha virado lembrança.

O último grão de feijão mal havia saído do dente e lá pelas 14:30hs já estavam servindo o café da tarde pra nosso desespero. Ia comer o que se o bife sem sal do almoço tinha acabado de dizer adeus ao meu estômago? Eu nem sentia um vazio interior ainda. Mas um cafezinho depois do almoço até que ia bem. Eu tomava uns dois copos de café, o primeiro com leite e o segundo puro, e guardava o pão ou as bolachinhas (biscoitos) pra mais tarde, junto com os sachês de margarina sem sal e geléia diet. Com esses horários nunca se sabe se quando a fome realmente bater vai ser servido alguma coisa.

Perto das 18 horas eu me lembrava que este horário é o que geralmente dá vontade de tomar um bom café com um pãozinho, fatia de queijo e etc. CHEGAVA A MOÇA COM A BANDEJA DA JANTA!!!



Meu Deus. É coisa do sindicato que não deixa as cozinheiras trabalharem além das 18 horas? Como faz pra ter fome de jantar esse horário? Empurra com a gelatina? Nem preciso dizer que boa parte sobrava. Nem minha avó janta esse horário. Aliás, se praticamente ninguém janta esse horário por quê os hospitais praticam essas horas malucas de refeições aos pacientes? Claro que depois de uns dias você até acostuma . Mas imagina sendo isso durante horário de verão. Jantar as 17hs? Realmente é quase um fuso horário europeu  #soquenao

 Lá pelas 21 horas, pra arrematar, um chazinho. UM CHAZINHO!!! Bem na hora que a fome de janta verdadeira aparece, você tem U M  C H A Z I N H O ! ! ! Salvação: as bolachas que eu guardei do café da tarde. Por isso no kit de sobrevivência hospitalar tenha sempre um extra de bolachas ou algo que lhe seja permitido comer. Dormir com fome e sonhar com aquilo que no dia seguinte você sabe que não vão te servir e muito menos na hora que você quiser não é legal.




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