quarta-feira, 26 de março de 2014

Com as próprias mãos ...e mais alguma.

"Buenas..."

Passados 5 meses de transplante comemorados no ultimo dia 19 do corrente mês me pego pensando nas atuais batalhas que se apresentam a mim neste momento. A verdade é que nem tudo são flores.

Desde o comecinho do ano (por pouco não passei o Reveillon internado) tenho convivido com uma situação diária que é a perda significativa de movimentos da mão esquerda. Fiz o tratamento de 21 dias pra tratar o citomegalovirus que decidiu acordar (comum em transplantados devido à baixa imunidade) e ao mesmo tempo apareceu esta debilitação.

Fiz um exame chamado eletro-neuromiografia, que vai dando uns choquinhos na região examinada, mas esse exame foi inconclusivo e o outro neurologista que fui pediu para refazer em outro lugar. Só consegui marcar pro mês que vem. Aliás esse é outro problema. Achar no convênio quem faça esse exame para membros periféricos. Parece que a maior parte dos neurologistas gosta de cuidar mais dos nervos de coluna e cabeça.

Esse problema na mão ocorreu no braço onde foi feita a fístula e segundo hipóteses isso possa ter afetado o nervo braquial correspondente aos movimentos dos principais dedos da mão (polegar, indicador e dedo médio) mas só poderei ter certeza após realização do exame e isso se ele encontrar mesmo a causa e que possa indicar um tratamento. Já pensei em procurar acupunturista até.

Enfim sinto a mão meio anestesiada e sem força. Tenho dificuldades pra fazer várias coisas simples como abotoar camisa, amarrar um calçado e até mesmo cortar alimentos. Digitar também é meio complicado

Não parece ser efeito colateral de algum dos muitos medicamentos ingeridos. Pelo menos não apareceu nada que indicasse isso até o momento. 

Pra piorar comecei a sentir algo parecido no pé direito o que tem causado incomodo ao caminhar. A firmeza nas pernas diminuiu e por vezes uso uma bengala pra me ajudar e não ficar doendo a perna. A Dra. Fabíola que acompanha meu pós tx pediu uma ressonância de coluna. 

Quando a gente passa por um transplante tem a esperança na melhora significativa da qualidade de vida. Isso é uma certeza que nos move. A gente só não sabe quando poderemos desfrutar dela planamente pois na verdade o transplante é um salto na grande caminhada da recuperação.

Força sempre!


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