sábado, 15 de março de 2014

Porque temos pressa ... Mas o tempo não.

Foi-se o raio de luz que o peito não segurou. Foi rápido.
Fugiu.
E aquela força toda queimou na saída. Deixou o buraco aberto no meio do ser.
Vazio.
Preenche com o que vê na ansiedade de estancar o que sangra.
Dói.
Mas nada ocupa o lugar daquela dúvida por mais possibilidades que os olhos possam ver.
Corrói.
Anestesia a fé com a dor e a carne sente o torpor do que não está lá.
Ilusão.
A dor fez perder o foco mas sabe que o buraco está lá. Finge não estar. Finge não ser.
Comum.
Um alívio imediato lhe toma. Ilude a dor.
Mais um.
Vê a pressa lhe levar. A dor voltar. A realidade cobrar.
Lembrar.
Cessa a queimação mas sabe que o espaço está lá. A luz que preenche não esta fora .
Solução.
Usa o tempo. O olhar é mais ao longe.
Recolhimento.
A vista do topo da montanha é mais bonita. Mas mais solitária.
Equilíbrio.
Aprende a andar no compasso do relógio. O peito fecha.
Voa.
E descobre que cada compasso tem seu relógio. Aprende a sair dos compassos lentos.
Porque temos pressa. O tempo não.
Vive.


 

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