sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Aquele amor era Black Friday

Amar. Ai que bom sentir isso. Quem não gosta? Quem não quer? Amores reencontrados, renovados. Depois da recessão amorosa nada melhor que um novo amor. E vamos amar. Depois de um tempo em encubação o amor reaparece. Era uma sombra na esquina; um gato preto atravessando a rua. Um passarinho na janela. 
Mas o amor que se passou deu trabalho pra curar. Amar dá trabalho. Tem seu custo, sempre. Mas então você vai lá pensando em amar de novo, mas de novo do mesmo jeito, não. Sem tanto trabalho. Aí você abre a janela pro passarinho. Entrou. Fez ninho. Você nem viu.
E vai deixando. O canto do passarinho era bacana. Só comia alpiste e no final do dia era só trocar o jornal do fundo da gaiola.
Amor que canta em gaiola logo logo não encanta mais.
O canto sem graça incomoda mas não tanto quanto o alpíste e o jornal. Poxa, mas é só isso e tá reclamando? 
Amor tem que alimentar todo dia e as vezes limpar a sujeira como se nada tivesse acontecido. 
E as vezes quer que cante mas não coma nem faça sujeira! Aham ... senta ali Claudia (,,,).
Amor black friday que paga barato e tem os mesmos benefícios, não existe. Melhora essa ração, dá um jeito nesse jornal e se possível arrumar uma gaiola maior. E pode até deixar a portinha aberta. Alpiste bom e jornal limpo, passarinho amor até voa, mas volta.

Um comentário:

  1. Amor de poeta! Amor verdadeiro!
    Quem quer amor limpinho sempre acaba sujando o jornal!!!!
    Que venha sujinho, mas que encante como passarinho.

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